Plastia ou Troca de Válvulas Cardíacas

O que é?

É o tratamento cirúrgico das complicações que algumas doenças podem produzir nas válvulas cardíacas. Nós possuímos quatro válvulas (ou valvas), que separam as cavidades dentro do coração. Essas válvulas são: aórtica, pulmonar, mitral e tricúspide. 

A idade e várias doenças podem comprometer as valvas do coração. Esses problemas podem levar à obstrução ou insuficiência de uma ou mais valvas cardíacas. 

A plastia preserva a valva nativa. É como uma plástica, que repara os tecidos ou estruturas da base, visando com que ela retorne ao seu funcionamento normal. Quando as condições não permitem a plastia, a valva é trocada por uma prótese, que pode ser biológica ou mecânica.

A determinação do procedimento varia de acordo com a valva acometida e pela doença de base que levou o paciente a necessitar do tratamento.

Plastia ou Troca da Válvula Mitral

A cirurgia da válvula mitral pode ser plastia ou troca. A plastia, como mencionado acima, mantém a válvula do paciente, que passa por uma reparação. Caso não seja possível realizar a plastia, o cirurgião irá optar por trocar a válvula mitral por uma prótese, que pode ser tanto biológica quanto mecânica. A escolha do tipo de prótese depende de vários fatores e é sempre discutida entre o cirurgião e o paciente.

A plastia da valva mitral está indicada para pacientes que apresentam insuficiência mitral de causas degenerativas (geralmente idosos) e também em pacientes com estenoses mitrais (que geralmente acometem pessoas na segunda ou terceira décadas de vida). No entanto, existem determinados casos em que, apesar da plastia ser indicada no primeiro momento, durante o procedimento cirúrgico poderá ser constatada a necessidade da troca da válvula mitral.

Plastia da Válvula Tricúspide

Quando a doença valvar impacta no funcionamento do coração, é preciso avaliar também o funcionamento da válvula tricúspide. Na presença de insuficiência significativa nessa válvula, a plastia da válvula tricúspide é realizada conjuntamente com a cirurgia da válvula mitral, independentemente do tipo de procedimento indicado, seja troca ou plastia da válvula mitral. 

A combinação das duas cirurgias resulta no aumento da longevidade do paciente e melhora no desempenho do coração.

Troca da Válvula Aórtica

Assim como na valva mitral, cardiopatias congênitas, doenças reumáticas, infecções ou causas degenerativas dos tecidos (relacionadas ao envelhecimento) também são causas de problemas na válvula aórtica. No entanto, o tratamento da válvula aórtica é diferente. 

Em geral, a recomendação para o tratamento das doenças da válvula aórtica é a sua troca. A substituição pode ser realizada tanto por uma prótese mecânica quanto biológica. A escolha do tipo de prótese para substituição da válvula cardíaca nativa dependerá de uma avaliação conjunta do paciente e seu cirurgião cardiovascular. 

Existe cirurgia minimamente invasiva?

Sim, as cirurgias valvares podem ser realizadas com incisões (cortes) bem menores do que as de uma cirurgia convencional e sem necessidade da abertura de todo o tórax (apenas uns poucos centímetros). Desta maneira, o tempo de recuperação e até o tempo de internação diminuem. Além disso, temos a opção do auxílio de robôs (Cirurgia Robótica) para casos específicos.

Existe cirurgia valvar sem abrir o tórax?

Sim, essa cirurgia é conhecida como “Implante percutâneo transcateter (TAVI)”. Neste procedimento é possível realizar a troca valvar sem necessidade de parar o coração, por meio de punções na virilha ou pequena incisão do lado esquerdo do tórax.

A indicação depende do tipo de doença valvar e do seu grau de comprometimento, assim como de características clínicas e anatômicas do paciente.
Marque uma consulta com nosso cirurgião cardíaco – Dr. Renán Prado (CRM 109.568) – para maiores informações.

Qual o tempo médio de internação?

O paciente que passou por uma plastia ou troca de valva cardíaca permanecerá internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no pós-operatório imediato e terá alta para o quarto de acordo a evolução clínica. A alta hospitalar normalmente ocorre por volta de 5 dias após a cirurgia cardíaca. No entanto, cada paciente é avaliado individualmente, o que faz com que esta estimativa possa variar.

Cuidados pós-procedimento

Os cuidados são individualizados (caso a caso) e serão passados pelo cirurgião cardiovascular, bem como os medicamentos a serem utilizados e o retorno no consultório. Lembrando que é de extrema importância manter o acompanhamento com o cardiologista clínico de sua preferência.

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